Solenidade da Santíssima Trindade!
1776 «No mais profundo da consciência, o homem descobre uma lei que não se deu a si mesmo, mas à qual deve obedecer e cuja voz ressoa, quando necessário, aos ouvidos do seu coração, chamando-o sempre a amar e fazer o bem e a evitar o mal [...]. De facto, o homem tem no coração uma lei escrita pelo próprio Deus [...]. A consciência é o núcleo mais secreto e o sacrário do homem, no qual ele se encontra a sós com Deus, cuja voz ressoa na intimidade do seu ser» (49).
1789. Algumas regras aplicam-se a todos os casos:
- nunca é permitido fazer mal para que daí resulte um bem;
- a «regra de ouro» é: «Tudo quanto quiserdes que os homens vos façam, fazei-lho, de igual modo, vós também» (Mt 7, 12) (56).
- a caridade passa sempre pelo respeito do próximo e da sua consciência: «Ao pecardes assim contra os irmãos, ao ferir-lhes a consciência é contra Cristo que pecais» (1 Cor 8, 12). «O que é bom é não [...] [fazer] nada em que o teu irmão possa tropeçar, cair ou fraquejar» (Rm 14, 21).(Fonte)
Do Comentário de São Gregório Magno, papa, sobre o Livro de Job (Lib. 10, 47-48: PL 75, 946-947) (Sec. VI)
Quem, como eu, é escarnecido pelo seu amigo, invocará a Deus e Ele o ouvirá. Sucede frequentemente que um espírito débil, quando recebe aplausos e elogios pelas suas boas acções, se deixa atrair pelas alegrias exteriores, esquecendo as aspirações interiores, e fica contente com os louvores que lhe vêm de fora.
Quem assim procede encontra maior satisfação em parecer do que em ser verdadeiramente digno de louvor; e, cada vez mais sedento de palavras elogiosas, acaba por abandonar o que tinha começado. Deste modo se vai separando de Deus por aquilo mesmo que parecia uni-lo mais a Deus. Outras vezes, pelo contrário, um espírito constante, que se esforça por praticar o bem, é escarnecido pelos homens; faz coisas admiráveis e recebe insultos; podendo buscar fora de si os louvores alheios, é repelido pelas afrontas e entra dentro de si mesmo; e tanto mais fortemente se entrega a Deus no seu interior, quanto menos apoio encontra fora. Então põe toda a sua esperança no Criador e, perante as irrisões e sarcasmos, invoca apenas a testemunha interior; assim, a alma atribulada, quanto mais se sente afastada da estima e favor dos homens, tanto mais se aproxima de Deus; recorre prontamente à oração e, pressionada do exterior, torna-se mais pura e digna de penetrar no santuário interior.
Com razão, pois, se afirma aqui: Quem, como eu, é escarnecido pelo seu amigo, invocará a Deus e Ele o ouvirá. Porque os maus, ao criticarem a consciência dos bons, mostram qual é o testemunho que buscam para os seus actos. Assim os bons são levados ao recolhimento da oração e a buscarem no seu íntimo a resposta divina, uma vez que não podem contar com a aprovação dos homens. Deve notar-se com quanta sabedoria se acrescenta: como eu; porque há alguns que são humilhados pelas zombarias dos homens e todavia não podem ser ouvidos por Deus. Quando a zombaria é provocada pela culpa, não pode evidentemente ser tida como fonte de mérito. A simplicidade do justo é escarnecida.
É próprio da sabedoria deste mundo ocultar ardilosamente o que sente o coração, esconder o pensamento com palavras, mostrar o falso como verdadeiro e o verdadeiro como falso. Pelo contrário, é próprio da sabedoria dos justos evitar toda a ostentação e fingimento, manifestar nas palavras o seu interior, amar a verdade como ela é, evitar a falsidade, fazer o bem gratuitamente, suportar antes a injustiça do que praticá-la, não procurar vingar-se das injúrias, considerar como honra e proveito os ultrajes sofridos por amor da verdade. Mas esta sabedoria do justo é escarnecida, porque a virtude da integridade é para os sábios deste mundo uma loucura. Tudo o que se faz com rectidão é para eles uma insensatez; e tudo o que é feito segundo a verdade, é loucura para a sabedoria deste mundo.(Fonte)
Onde Vos encontrei para Vos poder conhecer? Porque Vós não estáveis na minha memória, quando ainda Vos não conhecia. Onde Vos encontrei para Vos conhecer, senão em Vós mesmo que estais acima de mim? Não habitais num lugar onde se possa entrar e sair; não habitais certamente nenhum lugar. Em toda a parte, ó Verdade, assistis a todos os que Vos consultam e respondeis ao mesmo tempo aos que Vos interrogam sobre as coisas mais diversas. […]
Quando estiver unido a Vós com todo o meu ser, em parte nenhuma sentirei dor e trabalho; a minha vida será então verdadeiramente vida, porque estará cheia de Vós. Elevais aqueles que encheis; mas porque não estou totalmente cheio de Vós, sou ainda um peso para mim. […]
Na adversidade desejo a prosperidade, e na prosperidade temo a adversidade. Entre estes dois extremos, qual será o termo médio onde a vida humana não seja uma luta? Pobres prosperidades deste mundo, duplamente lamentáveis, sempre ameaçados pelo temor de que venha a adversidade e se desvaneça a alegria! […] Por isso toda a minha esperança está na vossa misericórdia. (Fonte)
- ...que todas as estradas da literatura latina cristã levam a Hipona (hoje Annaba, à beira-mar da Argélia)
- Precisamente em Cartago Agostinho leu pela primeira vez o Hortensius, um escrito de Cícero que depois se perdeu, o qual está na base do seu caminho rumo à conversão. De facto, o texto de Cícero despertou nele o amor pela sabedoria, como escreverá, já Bispo, nas Confessiones: "Aquele livro mudou verdadeiramente o meu modo de sentir", a ponto que "de repente perdeu valor qualquer esperança vã e desejava com um incrível fervor do coração a imortalidade da sabedoria" (III, 4, 7).
- Em Milão Agostinho adquiriu o costume de ouvir inicialmente para enriquecer a sua bagagem rectórica as lindíssimas pregações do Bispo Ambrósio, que tinha sido representante do imperador para a Itália setentrional, e pela palavra do grande prelado milanês o rectórico africano sentiu-se fascinado; e não só pela sua rectórica, sobretudo o conteúdo atingiu cada vez mais o seu coração. (Fonte)
...« trabalhai na vossa perfeição, confortai-vos mutuamente, tende um mesmo sentir, vivei em paz. E o Deus do amor e da paz estará convosco (...). A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vós » (2 Cor 13, 11.13). Dado em Roma, junto de S. Pedro, no dia 25 de Maio — solenidade da Ascensão do Senhor — do ano 1995, décimo sétimo de Pontificado. IOANNES PAULUS PP. II
...“É verdade, tenho fama de indisciplinado, não sigo muito o protocolo, é frio, mas quando há algo oficial, cumpro-o totalmente.” ...
...O Papa então confessou as coisas de que mais sente falta em relação aos anos transcorridos na Argentina: “Sair pela rua, caminhar. Ou ir a uma pizzaria comer uma pizza”. “Mas é possível pedi-la e comer no Vaticano”, observou o jornalista. “Sim, mas não é a mesma coisa. O belo é estar ali. Sempre gostei de caminhar. A cidade me encanta”. Outro dia, revelou que entrou no carro e esqueceu de fechar a janela. “Eu estava ao lado do motorista e as pessoas não deixavam o carro passar, porque perceberam que o Papa estava ali. “É verdade, tenho fama de indisciplinado, não sigo muito o protocolo, é frio, mas quando há algo oficial, cumpro-o totalmente.” (Fonte)
Por fim, à pergunta sobre como gostaria de ser lembrado, Francisco respondeu com simplicidade:“Como uma pessoa que se empenhou em fazer o bem,..."
...«lutar contra o pecado sem ceder a compromissos» e «contra a corrupção, que se propaga cada vez mais no mundo». (Fonte)
...O sacramento da penitência é um dos tesouros preciosos da Igreja, porque só no perdão se realiza o verdadeiro renovamento do mundo. Nada pode melhorar no mundo, se o mal não for vencido. E o mal pode ser vencido unicamente com o perdão. Sem dúvida, deve ser um perdão eficaz. Mas este perdão, só o Senhor o pode dar. Um perdão que não afasta o mal só com palavras, mas realmente o destrói. Isto pode verificar-se unicamente com o sofrimento e aconteceu realmente com o amor sofredor de Cristo, do qual nós haurimos o poder do perdão...Leia +++
...Enfim, falando acerca dos frutos do Espírito, o Papa enumerou as «nove virtudes ...» identificadas por são Paulo – amor, alegria, paz, magnanimidade, benevolência, bondade, fidelidade, mansidão, domínio de si – e alertou contra as atitudes de fechamento aos dons do Paráclito: em especial, aquelas que se manifestam «no egoísmo da própria vantagem, no legalismo rígido, na falta de memória em relação àquilo que Jesus ensinou, no viver a vida cristã não como serviço mas como interesse pessoal». Mas o mundo, concluiu,
«precisa da coragem, da esperança, da fé e da perseverança dos discípulos de Cristo». (Fonte)
Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas, por medo dos judeus, as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, Jesus entrou e, pondo-se no meio deles, disse: “A paz esteja convosco”. Depois dessas palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado. Então os discípulos se alegraram por verem o Senhor.
Novamente, Jesus disse: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio”. E, depois de ter dito isso, soprou sobre eles e disse: “Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem não os perdoardes, eles lhes serão retidos”.